Entrevista

ViSULOG: Entrevista com o NOCTURNAL BLOODLUST

Captura de Tela 2015-02-09 às 13.49.31NOCTURNAL BLOODLUST está de volta com DESPERATE, o segundo de três singles que sairão nesta primavera. Enquanto Strike in fact do mês passado, o primeiro lançamento desta campanha, deveria mostrar a marca de cativação única da banda, DESPERATE traz um som despojado, de volta às suas raízes que chocou este escritor.

Para esta segunda entrevista para o ViSULOG, os artistas também conhecidos como Nokubura sentaram conosco para dividir todos os detalhes dos novos singles, mais sua turnê Oneman Tokyo/Nagoya/Osaka que está por vir.

“Nós somos um de cada tipo, todo um gênero para nós mesmo…e nós quisemos provar isso.” (Cazqui)

– O que fez vocês decidirem fazer esta campanha de três meses?member_01

Cazqui: Nós imaginamos que três singles de três estilos diferente seria uma ótima forma de fazer as pessoas verem o que somos. Qualquer forma que nosso som tome, há sempre este elemento central que somo nós. Nós cinco colocamos nossos corações e almas nisto. É fácil pensar em música em termos de gêneros antes de qualquer coisa, mas nós achamos que começa com o músico e suas emoções, e o produto final apenas acaba sendo classificado em um gênero ou outro. Mas quando você tem estas ideias preconcebidas sobre gêneros em particular, quando você vai tentar rotular tudo, o que você realmente faz e tornar mais difícil o ouvinte entrar em contato com a essência da música. Esse é o tipo de coisa que sempre nos deixou com raiva. Nós somos um de cada tipo, todo um gênero para nós mesmo…e nós quisemos provar isso.

– Qual o conceito por trás do primeiro lançamento, Strike in fact?

Daichi: Para a música título, nós procuramos por nossas raízes – rap-rock, rap metal, nu-metal, o tipo de música que nós pudemos relacionar – e a ideia foi incorporar isso de modo que seria totalmente “do momento”, para criar uma música que não iria incluir apenas tudo sobre nossa música que a faz tão boa, mas também que seria cativante o bastante para ter uma atenção maior ao mesmo tempo. Nós realmente quisemos apanhar o interesse das pessoas, dado que era o primeiro de todos.

– E sobre as letras?

Hiro: “Atacando para encontrar a verdade”. A música tem este ritmo ótimo conforme se revela; é a mais positiva das três. Você tem estas verdades que sempre pareceram claras para você, as quais você sempre tomou com valor nominal. Mas o fato é que todas elas existem por trás de uma parede de fingimentos. É sobre deixar isso de lado, estilhaçar estas mentiras que distorcem a verdade e encontrar para você o que é real.

– O que você poderia dizer que é a música “selling point”, musicalmente falando?

Masa: Bom, o modo como ela começa, com a letra em japonês e a melodia cativante – esta é a primeira vez que fazemos isso e eu acho que as pessoas vão ficar bem surpresas. Normalmente, tendemos a manter a estrutura desenvolvimento-desenvolvimento-refrão.

– Agora, este segundo single, DESPERATE, é bem mais difícil do que Strike in fact, não é?

Cazqui: Acho que é justo dizer que esta música é o espírito do NOCTURNAL BLOODLUST. Pessoalmente….Quer dizer, sou um dos membros fundadores desta banda, estive envolvido na criação das nossas músicas desde o nosso início, e o fato de que podemos inserir esta música no mundo lá fora significa muito para mim. É realmente a música que caiu do céu – foi tipo, em um minuto começamos a pré programação e em seguida lá estava ela.

member_03Daichi: Sim, nós terminamos tudo em mais ou menos uma semana.

Cazqui: Até agora, vim usando este sistema de codificação de cores para elaborar o calendário dos nossos lançamentos – isso nos ajuda a saber quando mudar as coisas, e manter a variedade. Mas comecei a sentir que, talvez, nesta tentativa de ter algum tipo de controle sobre minha produção criativa, eu posso ter perdido o caminho daquilo que eu mais valorizava. Então, eu peguei a minha guitarra e me perguntei, “Quem é você, de verdade?”…e então, a música veio, a coisa toda. Dito isso, eu ainda penso que nós conseguimos colocar um pouco de música realmente boa aqui, música na qual temos total fé.

– Você poderia dizer que este é o seu melhor trabalho até agora?

Cazqui: Eu acho que sim. Com esta música, é como se finalmente nos tornamos aquela versão de nós mesmos que eu pintei desde que começamos. E você sabe, eu acho que tivemos que chegar a este ponto como banda para que isto acontecesse.

– E as letras?

Hiro: Esta é sobre o mal, a “mãe de toda a miséria”. É sobre a vontade humana de destruir, sobre quebrar um ser humano de dentro. Tipo, levando-os ao desespero, perfurando todos seus pontos fracos no processo. Eu quero que as pessoas imaginem uma plateia assistindo a algum show de tortura em um anfiteatro.

– Estou curioso sobre qual é a sua abordagem ao tocá-la em um show.

Natsu: Bom, é um ritmo bem elevado, tem este senso de velocidade – na verdade tem 160 bpm, mas fisicamente parece que tem 320, e como sou o que mantém a batida aqui, de todas as nossas música, esta é a que parece mais rápida para mim. E é realmente difícil de tocar ao vivo. Mas como o Cazqui disse, todos colocamos algo de nós nas músicas e nossas emoções estão fluindo quando as tocamos, então isso não veio quando estávamos gravando, também. A forma como tocamos quando chega no refrão…é cheio e algo parecido com paixão, quase como estourar para fora de uma concha. Esta é nossa primeira música com solo de bateria – de alguma forma, eu simplesmente me vi quebrando em um.

Masa: As guitarras e o baixo estão, na maior parte, em uníssono, então vou o mais rápido que posso. Acima de tudo, estamos tentando criar esta “parede de som” e não podemos deixar a energia e o peso morrerem, então, mesmo no estúdio, debati por todo o lugar. (Risos) A interação entre o Natsu e eu depois do seu solo de bateria e a sessão de ritmo que segue o solo de guitarra – isso, vocês precisam ouvir.

Daichi: Obviamente, a música é muito “nós” – mas um sentido mais profundo, em termo de como tem aquele solo de bateria inteiro, os solos de guitarra e quando você ouve os vocais também…você tem algo de cada um de nós, todos juntos em uma música, o que faz isso ser muito mais “nossa”. Não há muitas bandas que poderia fazer algo assim – pelo menos, eu não acho que tenha. Cobrimos muito do chão nesta música. Quase lotamos demais isso, de uma forma boa, então é quase uma música gratificante conforme ela vai.

Cazqui: Tem uma parte depois do meu solo na qual o Hiro está cantando amparado pelos arpejos do Daichi…só o Daichi poderia tocar um arpejo como aquele.

Daichi: Basicamente, nós cinco achamos que somos os únicos que poderiam ter feito esta música.

Cazqui: Só uma nota sobre como toco: é muito influenciado por death metal melodico escandinavo, o qual teve um grande impacto em mim quando eu era um adolescente. Espero que as pessoas gostem do diving bomb também. O solo de guitarra provavelmente é o mais longo que já toquei, falando de nossas músicas mais recentes. O solo longo em “A Day to Re:member”, do nosso álbum GRIMOIRE…eu era adolescente quando a escrevi. Naquela época eu não tinha ideia do que era angustia, desespero…ou a força que você tem que ter para supera-los. Mas agora eu posso olhar para trás e se o “futuro” que está além destas coisas. De alguma forma, eu acho que escrevi este solo para mim, também…como uma forma de olhar para minha própria jornada pessoal.

– Hiro, tem algo que você gostaria de acrescentar?

Hiro: A parte mais difícil foram os vocais trash, mas estes também foram o mais divertido. Eu tentei colocar bastante emoção em cada palavra – na verdade, tivemos que regravar várias vezes antes de soar como eu queria. Eu sei que o terceiro single ainda não saiu, mas com cada lançamento eu tentei fazer isso, então os vocais severos envolvem um espectro de emoções totalmente diferente. A parte “ToRtUrE” na introdução de “DESPERATE”…refere-se a uma execução e há muitas formas de expressar isso com a sua voz. Como para estrangulamento, coloquei muito do sentimento de estar ofegando, e para a tortura na água, eu estou tipo murmurando, como se eu nem conseguisse falar. Eu realmente quis fazer com que parecesse bem real, e eu acho que será bem agradável para as pessoas ouvirem, especialmente se elas estiverem lendo a letra ao mesmo tempo.

– Qual a história do vídeo?

Cazqui: Bom, nós o filmamos em uma igreja…é uma igreja e você tem esta música que soa satânica, o que faz com que seja tipo um “tabu” que eu acho divertido. Além disso, tínhamos o Hiro coberto de pintura corporal, então tudo parecia fantasticamente demoníaco também. (risos)

Hiro: Deveria ter ido com a arte da capa. Lágrimas de sangue e tudo isso…

Cazqui: Nós somos realmente obcecados com isso. Dentro da violência da nossa música, a total escuridão dela, também há uma certa beleza…a qual, eu diria, conseguimos expressar muito bem. Nós sempre quisemos fazer um vídeo assim.

Masa: Incluindo a pintura corporal, nós conseguimos juntar em um vídeo coisas que nenhuma outra banda conseguiria. Eu quase quero dizer que é único – ninguém, exceto nós, poderia criar o mundo que você vê nele. Quer dizer, tenho certeza de que há muitas bandas gravando em igrejas, mas uma igreja onde as coisas ficam tão satânicas, com este rugido que ecoa em todo lugar? Eu acho que não.

“Eu juro que não estou dizendo “beba, beba”…só parece que eu estou. Eu sei, é estranho.” (Hiro)

– E sobre a segunda música “Liberantion”?

Daichi: Nós a escrevemos mais ou menos na mesma época de “Strike in fact”. Nós queríamos uma música que fosse divertida ao vivo, uma música em que as pessoas realmente poderiam interagir e enlouquecer.

member_02– Parece que ela é como uma nova direção para vocês também.

Daichi: Sim, nós percebemos que como “DESPERATE” é uma música que no simboliza, quando chegarmos à B-side deveríamos apenas pensar no que seria bom em um show. Quer dizer, tem esse tipo de sensação saltitante, a qual é nova para nós, e tem a parte no final do refrão central, com ambas guitarras e o baixo alternando entre eles…nós colocamos todas estas partes diferentes destacam-se por si mesmas. Nós realmente nos divertimos muito com esta música e eu acho que ela traz uma parte de nós que é um pouco mais brincalhona.

Cazqui: Deve ser a música mais acessível que nós já fizemos.

– Faz um contraste legal com a primeira música.

Cazqui: Oh, nós não teríamos conseguido chegar tão longe se “DESPERATE” não tivesse saído primeiro. As pessoas devem estar tipo “Que porra aconteceu com o Nokubura?”. Foi arriscado, no mínimo. (risos)

Daichi: “Strike in fact” e “The Beautiful Craze” também foram bem experimentais…mas aqui nós fomos ainda mais longe, em uma direção totalmente diferente.

Hiro: Bom, as linhas do vocal devem parecer um pouco…familiar. (risos) As letras são sobre como nós somos livres neste mundo, e todos nós devemos estimar um ao outro por quem nós somos. Não é preciso brigar, não há razão em odiar um ao outro. Tipo, liberte a sua mente, seja livre e vamos nos divertir juntos. No começo, apenas vou indo, legal e fácil de ouvir, mas uma vez que chego no refrão ficar mais na sua cara, e então eu volto para a melodia legal. Vários tons diferentes aparecem, o que eu acho que torna a música muito divertida.

– A parte em que sua voz se combina com a melodia da guitarra é muito agradável.

Hiro: Esta foi outra tentativa nova para nós. Eu “renuncio” ao vocal severo e quando eles chegam ao Cazqui, ele volta com um solo de guitarra em perfeito uníssono com a minha voz.

Cazqui: Quando chegamos àquela parte eu vou direto para isso, tipo “Estou tão enérgico, hahahahaha!” Mas quando abaixou meus braços e deixo a melodia morrer, toda a energia vai embora. Eu imaginei algo como…você sabe quando você está de ressaca e está todo “Ugh, eu bebi demais…(o。q°o)”? Mas aí meus braços sobem de novo e estou de volta, cheio de força…tipo, “Estou bem agora, vamos beber um pouco mais! (o。q°o)/?” (risos) O nome original de música era para ser “Drink, Drink*”, então…sim.

Hiro: Eu juro que não estou dizendo “beba, beba”…só parece que eu estou. Eu sei, é estranho. (risos)

– Então temos “luz”, “mal” e…como vocês descrevem o terceiro single, Libra?

Daichi: Eu escrevi esta. A imagem que tinha em minha mente era a de pessoas à deriva em uma mundo que é essencialmente nada. Agora, um lugar vazio pode trazer todo tipo de sentimentos…talvez te faça sentir-se inquieto, se estiver sozinho nele, ou talvez esteja curioso do porque um quarto em particular está vazio. Eu tentei pensar sobre toda a variedade de emoções que a ideia do nada pode trazer às pessoas, e como eu mesmo poderia me sentir sobre isso, então tentei colocar tudo isso nessa música. Esse foi o ponto de partida. Eu acho que esta é umas das nossas músicas mais descontraídas. É o tipo de coisa que você pode deixar tocando de fundo, em um sentido positivo…o tipo de música que facilita o caminho para o seu coração. Eu sinto que fizemos um ótimo trabalho de transmitir a emoção humana.

Cazqui: Nenhuma música será universalmente adorada por todos. Nós entendemos isso. Mas independente de você ser apenas um ouvinte casual ou parte da nossa fanbase, esperamos poder tirar sua respiração, mesmo que por apenas um segundo. Por qualquer razão, muitas pessoas parecem não ter uma boa impressão sobre bandas pesada, mas talvez eles esbarrem em um das músicas destes três singles e pensem “Ei, eu posso ouvir isto”.

Daichi: E é isso que nos torna especiais, eu acho. Nossa música cobra uma grande gama de gostos, tanto do ponto de visto do estado espírito e quanto do som. Eu sinto que há aspectos disso que qualquer um pode se relacionar – temos músicas que qualquer pode gostar, então elas não são apenas “Oh, eu não gosto de música pesada, então não vou ouvir nada deles”.

member_04  – Seria legal se vocês me contassem sobre a arte do singles também.

Masa: O Pégaso na capa do primeiro single, deveria estar abrindo a porta para o ouvinte, e é sobre voar. Mas não é só um Pégaso bonito, porque parte dele é esquelética. É para simbolizar a nossa música: pode parecer cativante a princípio, mas sempre há muito mais acontecendo por baixo. E o Pégaso voa para a Medusa, na próxima capa, que está lá para que você entre em contato com o nosso lado mais escuro, para puxá-lo ainda mais para nossas profundezas. Nós colocamos a Medusa lá para mostrar que este single tem o poder de te transformar em pedra. E as balanças no terceiro single são para perguntar como você, pessoalmente, julga estes dois extremos de música que você ouviu. O terceiro single, por si só, engloba dois extremos de som também. Falando das músicas que estão nele…nós quisemos fazer com que as pessoas vissem que não importa o que fazemos, ainda é a nossa música. Eu imagino que muitos ouvintes devem estar tentados a pensar em música estabelecendo categorias, mas queremos mostrar a eles que não é preciso continuar fazendo isso.

Hiro: Nós temos uma reputação de sermos assustadores, agressivos, etc, e muitas pessoas nos julgam unicamente por causa disso. Mas se você for aos nossos shows, você verá que, na verdade, eles são muito divertidos. Nós não estamos tentando assustar as pessoas – isso é outra coisa que esperamos demonstrar com estes lançamentos. Nós estamos constantemente tentando pensar em como podemos fazer as coisas mais divertidas para nossos fãs, então, por favor, não nos rotule de “assustadores”. Esperamos que você tente e olhe um pouco mais profundamente que isso.

Cazqui: Mesmo com os vocais severos do Hiro…claro que eles são intensos, mas esperamos que as pessoas vão olhar além da pura grandiosidade e pensar sobre o que está acontecendo por baixo, por quê ele está gritando, sobre o que ele deve estar gritando. Todos experimentamos emoções negativas, sentimentos com os quais lutamos para achar uma saída. Faz parte de se estar vivo. E visamos expressar isso de uma forma inflexível. Apenas acontece de sair na forma desta música ultra hardcore  e extrema. Esperamos inspirar nossos ouvintes a perguntarem a si mesmos “Ei, há algo na minha vida que me faça querer gritar?” E se a resposta for sim, esperamos que elas se voltem para a nossa música sempre que sentirem-se desta forma.

– O que podemos esperar da turnê oneman Tokyo/Nagoya/Osaka que vem aí, The Liberation of Desire?

Masa: Em termos de apresentação, a performance, a qualidade do shows…nós estamos melhorando cada vez mais. Então, posso prometer que daremos a vocês um tipo todo novo de total show extremo.

Daichi: Agora que temos a chance de voltar à Osaka e Nagoya, esperamos poder fazer ainda melhor do que em nossa última turnê lá. Queremos dar a vocês o tipo de experiência que não pudemos dar na última vez e mostrar a você um lado totalmente diferente cada vez que estamos no palco.

Cazqui: Percorremos um longo caminho desde a última fez que demos u entrevista para vocês, pessoal – as pessoas nem devem acreditar que somos a mesma banda. Então, não queremos que ninguém perda nada do que fazemos.

– Ok, para fechar, que tal uma mensagem para os leitores do ViSULOG?

Daichi: Eu sei que provavelmente estou me repetindo aqui, mas nossa música engloba uma grande variedade de estilos, e quando falamos de nossos shows, também tentamos fazer não só um festa para os ouvidos mas também para os olhos. Então, por favor, venham para os nossos shows.

Natsu: Temos muitas pessoas nos dizendo o quanto aproveitam nossos shows e quero dizer que sentei e pensei sobre isso e eu acho que no final é por que eles são assim, uma explosão de emoção que vem bem lá de dentro. E apenas ficará cada vez maior. Eu acho que seremos capazes de colocar em um show aquilo que nossa turnê anterior nem pode ser comparar. Estamos realmente ansiosos para isso.

member_05Cazqui: Tudo que dissemos nesta entrevista…cada palavra é verdade. Assim é realmente como nos sentimos e nada disso nunca irá mudar. É disso que somos feitos, e nós realmente pretendemos cumprir – então, se você acha que pode se relacionar, quero que você acredite em nós, que fique conosco. E estou ansioso para ver todos vocês em nossos shows! (o。q°o)

Masa: Todos estes selos por aí…tipo, “Isto é Visual Kei“, ou “Aqui está o que as bandas do momento estão fazendo” – nossos visamos destruir estes tipos de barreiras com tudo o que fazemos. Com estes singles e shows não é diferente. Visamos exceder todas as expectativas de todo mundo todas as vezes, então espero que mantenham os olhos em nós. E se achar cansado de todas estas bandas por aí, ou cansado do Visual Kei no geral, esperamos que você nos deem uma chance.

Hiro: Independente de ser em termos de som ou em termos de shows, a regra número um é que nós nunca queremos que alguém ouça algo que nós mesmos não estejamos 100% sentindo e nós nunca iremos. Nós, literalmente, colocamos tudo que temos em cada um de nossos shows. Existem muitos lados nossos que queremos que as pessoas vejam – não é o tipo de coisa que você pode ir apenas uma vez e ver tudo. Pessoalmente, nós vemos todas esta turnê Tokyo/Nagoya/Osaka como uma, um show estendido. Então, se puder, queremos que vão a todos os três e realmente aproveitem a coisa todas, como se fosse o último show que você vai ver na vida. Cada um de nós está muito orgulhoso da nossa banda – nós a amamos e queremos que todos os nossos fãs a amem do mesmo jeito. Queremos ser o tipo de banda que faz as pessoas querer gritar do telhado que estão tão felizes que decidiram nos apoiar, que eles estão orgulhosos de nós, que somos tão bons que eles querem nos compartilhar com o mundo.

*O Hiro diz “round and round” na música, mas parece que está falando “nonde, nonde” (“beba, beba” em japonês)

Entrevista original: ViSULOG
Tradução Jap-Ing: Shattered Tranquility

Club Zy Vol. 20, entrevista com Ryouga (BORN) e Tsuzuku (MEJIBRAY)

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Tradução Jap-Ing: xmyrkul.tumblr

talk session especial

Ryouga (BORN) x Tsuzuku (MEJIBRAY)

A turnê 2MAN「MEJIBORN」foi marcada!

*

As duas bandas, BORN e MEJIBRAY, as quais são consideradas, na cena atual, “bandas etremamente ferozes”, farão, em outubro, um turnê 2-man, chamada MEJIBORN. Os vocalistas de ambas bandas, Ryoga e Tsuzuku, os quais estão carregando as respectivas bandas nos ombros, são, na verdade, velhos amigos com uma profunda relação de confiança. Nós perguntamos a ele sobre seu primeiro encontro, bem como as expectativas a respeito da turnê 2-man que vem.

 

A LOUCURA TAMBÉM PODE LEVAR À BOA ARTE.

MEJIBRAY e BORN são duas bandas líderes na cena Visual atual. Tsuzuku está levando uma não imitável e extrema forma de vida, enquanto Ryouga apresenta um estilo visual mais perto do japonês, ambos sendo talentos notáveis. Enquanto são similares como vocalistas, suas personalidades únicas parecem não se chocar; e ainda compartilham uma forma de vida imprudente e, por outro lado, um lado muito delicado. Vamos conversar com esses dois, os quais têm sido amigos desde suas primeiras bandas, sobre suas existências mútuas. 

― Você dois se conhecem há bom tempo, não é?

Ryouga: Sim. Por aproximadamente 6 anos. Antes do Tsuzuku estar no MEJIBRAY, quando ele ainda estava no VanessA, eu os procurei em sua página oficial e Tsuzuku realmente me chamou a atenção. Então, eu o chamei para algum evento de banda e foi aí que nos encontramos pela primeira vez.
Tsuzuku: Isso foi na época em que BORN ainda era escrito com letra minúscula, mas eles já saiam em revsitas. Então eu pensei “Oh, fui convidado por alguém daquela banda born!” e dei a ele o meu OK imediatamente, sem ao menos falar com os outros membros (risos).
Ryouga: No dia do evento, durante o ensaio, eu fiquei realmente surpreso com o Tsuzuku. Porque mesmo que fosse só o ensaio, ele já estava ficando louco. Aquele cara realmente é algo a mais, eu pensei.
Tsuzuku: Eu o cumprimentei no camarim com um frio e curto “Ah, e aí?” e não me aproximei mais dele (risos). Mesmo que não tenhamos nos falado mais, depois do evento fomos beber juntos até que o estoque de cerveja do lugar ficasse totalmente vazio. Foi assim que nos aproximamos no final.
Ryouga: Estávamos conversando sobre o passado, sobre a minha primeira banda BLUE chocolate e a primeira banda Kirakita Kei (estilo brilhante) do Tsuzuku (risos). Eu realmente tenho muito respeito por Tsuzuku. Ele canta sobre assuntos tão privados, e a combinação com o MEJIBRAY me impressiona. Vê-los ao vivo me faz esquecer de respirar. Porque você consegue sentir o jeito de viver do Tsuzuku através deles [dos shows].
Tsuzuku: Eu acho que o Ryouga é alguém que pensa profudamente sobre isso antes de pisar no palco. Mas ao mesmo tempo, ele é franco. Sua linha de pensamento perde para o instinto, e em um instante ele sopra a sua pilha. E este momento em que ele sopra a sua pilha é o que eu mais amo.
Ryouga: A loucura também pode levar à boa arte. Eu acho que, se os humanos não tivessem essa parte louca, eles não seria divertidos, mas sim totalmente sem graça.

― Pode-se sentir o espírito forte quando vocês dois estão no palco. Mas como é quando vocês descem do palco? Não é um pena?

Tsuzuku: Que expressão engraçada (risos)! Mas bem, é como você disse (risos).
Ryouga: Para mim, é realmente como você disse, é uma pena (risos).
Tsuzuku: Eu me entrego ao alcoolismo (risos).
Ryouga: Sem dúvida, o eixo do meu coração e pelo qual minha vida gira, é a banda, eu posso dizer que é o que me mantém. Através da música, posso me libertar, e isso deve ser a razão pela qual continuo vivendo. Não é?
Tsuzuku: O mesmo acontece comigo. Eu acho que sem a banda e os shows, não estaria mais vivo. Não vejo sentido em viver.
Ryouga: Estou constantemente preocupado com Tsuzuku. Sem dúvidas, a sua condição é alarmante. Ele não usa Twitter, então não há forma de verifcá-lo. E ainda adiciona a isso que nos quase não temos um contato mais próximo. É por isso que, recentemente, pergunto para o manager do MEJIBRAY a respeito do estado do Tsuzuku.
Tsuzuku: Isso é bem você (risos). Parece que eu realmente preocupo o coração dele. Aposto que o adiamento da nossa turnê também o preocupou muito, mas ele ainda não fala diretamente sobre isso comigo. Nós, na verdade, conversamos um com o outro antes deste photoshoot, mesmo que só por e-mail, no qual ele me mandou uma mensagem padrão de “Vamos trabalhar bem juntos amanhã~”. E ainda, me falaram sobre a preocupação do Ryouga comigo. Ele realmente tem um coração quente.
Ryouga: Isso é porque posso entender muito bem os seus sentimentos. Claro que não é como se a banda fosse acabar, mas eu pelo menos entendo a ansiedade e o medo de que, repentinamente, algo pode acontecer…

― Você está falando sobre o KIFUMI, não está (depois de um hiatus temporário por razões pessoais, ele saiu do BORN)? 

Ryouga: Certo. Para ser honesto, eu pensei que seria o fim da nossa banda. Realmente pareceu assim. Ambas, a vida e a banda, não são eternas, é por isso que estou vivendo desesperadamente. Eu não sei quando isso vai acabar, é por isso que estou dando tudo de mim desesperadamente. Mas eu nunca vou parar de cantar. Eu nunca vou parar de fazer música. Por toda a eternidade.
Tsuzuku: Sim. O mesmo comigo.
Ryouga: Eu, de alguma forma, entendo o Tsuzuku. E ele me entende. Uma vez eu me apoiei no Tsuzuku quando estava me desmoronando.
Tsuzuku: Apenas recentemente, eu inesperadamente recebi um e-mail do Ryouga. “Estou me sentindo sozinho~”.

― Se sentir sozinho é parte do caráter do Tsuzuku, enquanto Ryouga está pensando demais. Estes devem ser lados inesperados dos dois.

Tsuzuku: Sim, deve ser verdade.

― Por que os dois estão cantando agora?

Ryouga: Música está muito perto de mim e eu não conseguiria fazer nada que eu não goste.
Tsuzuku:
Eu também gosto de cantar e estar no palco, mas agora eu não quero cantar com mais ninguém que não o MEJIBRAY. Quero aproveitar viver no presente. Tenho objetivos, mas olhar demais para o futuro só me deixará exausto. Porque não posso saber o que acontecerá amanhã.
Ryouga: Eu concordo completamente. Não quero continuar a pensar eternamente, mas viver cada momento com todo a minha vontade. E, agora, eu quero cantar.

― No outono, acontecerá a turnê chamada “MEJIBORN”. 

Tsuzuku: Então vamos cantar como os KinKi Kids*.

― Com esse estilo? Mas vocês são bem KinKi Kids, não são? 

Tsuzuku: Vamos fazer, repentinamente, “Garasu no Shounen (garotos de vidro)” no encore!
Ryouga:
No passado, quando fomos ao karaoke juntos, cantamos essa música! Quando comecei a cantar “Garasu no Shounen”, ele repentinamente começou a cantar também (risos).
Tsuzuku: “Boku no kokoro waa ~ ♪” (risos).  Enquanto encantamos com o MEJIBRAY e com o BORN com todas as nossas forças, quero que façamos coisas engraçadas também.
Ryouga: Sim, se eu fosse uma banda criança, eu iria ver o MEJIBRAY e o BORN juntos, eu acho que será muito divertido. Tenho certeza que com nossos shows iremos superar todas as expectativas.

*KinKi Kids é uma famosa dupla pop japonesa da agência Johnny & Associates. Os membros são Koichi Domoto e Tsuyoshi Domoto. Leia mais a respeito aqui. “Garasu no Shounen” é uma música deles. Deixo o link aqui para quem quiser assistir (e como a tradutora do inglês disse: imagino o Tsuzuku e o Ryouga cantando e dançando a música Hahaahahahah)